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2ª CONFERÊNCIA ANUAL DA AME - 13 JUNHO 2012

Realizou-se no dia 13 de Junho de 2012 no Auditório da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, a 2ª Conferência Anual da AME, este ano subordinada ao tema “A Importância dos Contributos das Actividades da Economia Social para a Superação da Crise”.


Como em 2011, a Conferência deste ano contou com o apoio da União das Mutualidades Portuguesas e da Ordem dos Engenheiros.


Na sessão de abertura usaram da palavra o Eng. Fernando Almeida Santos, Presidente do Conselho Directivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, que saudou os participantes e apontou a existência de casos graves de necessidade de apoio social existentes entre Engenheiros, e o Dr. Luís Alberto Sá e Silva, Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, que salientou a importância das entidades do denominado 3º sector pela sua acção de proximidade e por enfrentarem o desafio permanente de fazerem mais e melhor com menos recursos, salientando ainda o papel da UMP na dinamização de novas respostas e de novos modelos de cooperação e de parceria com o Estado e entre as organizações sociais.


Seguiu-se a assinatura da extensão do protocolo já existente da AME com a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, manifestando num plano concreto o espírito de abertura e cooperação que a AME tem vindo a desenvolver com os seus parceiros, para benefício dos seus Associados. Nesta circunstância usou da palavra o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, Eng. Arlindo Azevedo Maia, que salientou a sensibilidade histórica destas instituições à fome e às carências dos mais desfavorecidos e apontou a necessidade da sustentabilidade e controle como factores indispensáveis da actividade desenvolvida, referindo ainda que é preciso primeiro dar, antes de receber, e que, para além dos bens e serviços materiais, é preciso também dar alegria e esperança, num trabalho de verdadeira inclusão social.


O Eng. Francisco Sousa Soares, Presidente da AME, proferiu de seguida a sua intervenção, começando por apresentar e destacar a importância do papel desempenhado pelos diferentes intervenientes na Conferência, referindo ainda a atribuição pela AME de diferentes subsídios aos seus Associados, nomeadamente de solidariedade e de desemprego, bem como os benefícios concedidos através de serviços próprios e de mais de 50 protocolos estabelecidos na área da saúde, assegurando sempre os necessários padrões de rigor e qualidade. Mereceu ainda particular destaque nesta intervenção, a aposta na necessidade de ver assegurada, em colaboração com a Ordem, a resposta a carências graves manifestadas por Engenheiros, sejam ou não Associados da AME.


A encerrar a sessão de abertura usou da palavra o Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Dr. Marco António Costa, de cuja intervenção nos permitimos destacar alguns aspectos:


- A referência especial às instituições ligadas à Igreja Católica pela capacidade de intervenção que têm conseguido mobilizar em face da presente crise, em prol dos mais carenciados;

- A necessidade de uma cultura de respeito e de cooperação entre o Estado e as instituições da sociedade civil, nomeadamente IPSS, Misericórdias e Mutualidades, como expressão de um verdadeiro sentido de responsabilidade e manifestação da complementaridade dos diferentes modelos de protecção social;

- A indicação de novos instrumentos e projectos de resposta de coesão social, como são os casos da concessão de subsídio de desemprego para trabalhadores independentes a partir do próximo ano e já em vigor para gerentes de sociedades comerciais, o programa Estímulo 2012 para promoção do emprego jovem, o desenvolvimento do micro crédito, e a disponibilização de dados estatísticos relativos ao 3º sector a partir de Setembro;

- A necessidade de fortalecimento das famílias e instituições de sector social, (IPSS, Mutualidades e Misericórdias), como expressão do sentido de responsabilidade face às situações a que o Estado não consegue nem pode dar resposta;

- A importância do reconhecimento da interdependência de todas as entidades envolvidas nas respostas aos desafios que a presente crise veio agudizar.


Realizaram-se de seguida dois Painéis, o primeiro em que foi moderador o Eng. João Porto, subordinado ao tema “A importância da actuação das IPSS na superação da crise”, em que foram oradores o Padre Lino Maia, Presidente da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e o Prof. Eugénio da Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa, e o segundo em que foi moderador o Eng. António Machado e Moura, com o tema “A intervenção das Misericórdias e das Mutualidades” em que intervieram a Eng.ª Noémia Pacheco, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e o Dr. Justiniano Ferreira dos Santos, da Associação Mutualista de S. Bento das Peras de Rio Tinto, terminando com a intervenção do Eng. Luís Pizarro, Delegado de Vila Real da Ordem dos Engenheiros, que abordou o tema “Os desafios futuros do Mutualismo”.


No primeiro Painel o Padre Lino Maia fez a apresentação da CNIS, cujo número de filiadas é de cerca de 2.700, com uma média de cerca de 60 trabalhadores por instituição e cerca de 400.000 utentes registados, salientando que faz parte da nossa herança cultural, as pessoas serem sensíveis à situação do seu irmão. Na sequência da sua exposição, o Padre Lino Maia apontou a população mais desfavorecida como o alvo preferencial das IPSS, sem deixar por isso de ser ela própria capaz de gestos de generosidade e solidariedade. Terminou salientando que mais do que o Estado social, importa uma sociedade solidária, dinamizada pela gratuidade, em função das condições de subsidiariedade e de proximidade.


Seguiu-se o Prof. Eugénio da Fonseca que começou por abordar os riscos e oportunidades inerentes à situação actual do Estado social e à situação do desemprego, em particular da elevada percentagem que não conseguirá reentrar no mercado de trabalho, chamando a atenção para o desempenho singular e concreto das IPSS com o novo paradigma de mudar a vizinhança sem a preocupação de mudar a sociedade. Salientando a importância do trabalho social se fazer em rede, concluiu que a propriedade e os bens que possuímos têm um valor social, e que a pessoa é o centro da economia social.


No segundo Painel a Eng.ª Noémia Pacheco expôs com grande abertura e clareza a estrutura e a actividade desenvolvida pela Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, com cerca de 220 funcionários e sete milhões de Euros de orçamento anual, referindo também as principais dificuldades com que esta instituição se defronta, nomeadamente a necessidade de uma gestão que assegure a sustentabilidade e a capacidade de desenvolvimento da instituição.


Seguiu-se no uso da palavra o Dr. Justiniano Ferreira dos Santos, da Associação Mutualista de S. Bento das Peras de Rio Tinto, que enquadrou a actividade desenvolvida com as raízes históricas e a tradição de S. Bento, relacionando-a na era moderna com a Doutrina Social da Igreja, começando em Leão XIII, de que resultou o aparecimento no Norte de Portugal de grande número de Mutualidades, muitas de natureza funerária.


A 2ª Conferência Anual da AME, que contou com o patrocínio do Montepio Geral e da AXA Seguros, foi dada por encerrada pelo Eng. Bernardo Mira Delgado, Secretário da AME, que proferiu o agradecimento devido a quantos colaboraram nesta realização.

2013-06-18

Imagens

  • Mesa da Sessão de Abertura
  • Assinatura do Protocolo<br> com a SCM Vila do Conde Assinatura do Protocolo
    com a SCM Vila do Conde
  • Dr. Marco António Costa
    no uso da palavra - Secretário de Estado
    Solidariedade e Segurança Social
  • 1º Painel Padre Lino Maia
    e Prof. Eugénio da Fonseca
  • 2º Painel - Moderador
    Eng. António. Machado Moura
  • Eng.ª Noémia Carneiro Pacheco

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